*Matéria em atualização
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi alvo de uma nova ordem de prisão nesta sexta-feira (13), pouco depois da prisão do ex-ministro do Turismo Gilson Machado. No entanto, minutos depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão de Cid, que deverá prestar depoimento à Polícia Federal às 11h. Cid também foi alvo de busca e apreensão da PF.
A investigação apura uma tentativa de obstrução de Justiça por parte de Gilson Machado, que teria tentado obter um passaporte português com o objetivo de facilitar a fuga de Cid do Brasil.
A ordem de prisão de Cid havia sido determinada pelo STF, e ele já estava sendo conduzido pela PF à prisão quando a decisão foi revogada, a pedido de sua defesa. Os advogados do ex-ajudante de ordens reconhecem que ele tentou obter cidadania portuguesa em janeiro de 2023, logo após os atos golpistas em Brasília, mas alegam que Cid não tinha conhecimento da suposta iniciativa de Gilson Machado, que teria agido por conta própria.
Prisão de Gilson Machado
Ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, o "sanfoneiro" Gilson Machado Neoto foi preso na manhã desta sexta-feira (13) pela Polícia Federal.
Machado Neto é investigado pela Polícia Federal por tentar obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, réu por participação em articulações golpistas no país. A Procuradoria-Geral da República concordou com o pedido e apontou que há indícios de tentativa de obstrução da Justiça.
Segundo os investigadores, o ex-ministro teria procurado o Consulado de Portugal em Recife, sua cidade de residência, para viabilizar o documento europeu com o objetivo de permitir que Cid deixasse o Brasil. Embora a tentativa não tenha tido êxito, a PF levantou a hipótese de que Machado possa ter buscado outras representações diplomáticas com a mesma finalidade.
Além do episódio de maio deste ano, a corporação lembrou que, em janeiro de 2023, antes da primeira prisão de Mauro Cid, houve procura por uma assessoria especializada em obtenção de cidadania portuguesa, o que reforça a suspeita de uma estratégia para fuga do país.
A PGR avalia que, caso confirmadas, as ações podem configurar favorecimento pessoal e tentativa de interferência nas investigações que envolvem a chamada trama golpista e outros desdobramentos, como o caso das joias e a apuração sobre uma estrutura clandestina na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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