O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em sintonia com Jair Bolsonaro (PL), anunciou nesta quinta-feira (15), em declarações ao portal g1, uma ofensiva para não permitir a cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa atitude autoritária e incivilizada intensifica ainda mais um confronto institucional com o Judiciário, algo nunca visto na história recente do país.
Sóstenes afirmou que o partido se empenhará ao máximo para impedir a perda do mandato da parlamentar, sob o argumento incendiário de que essa decisão caberá apenas ao plenário da Câmara, e não ao Supremo. A postura do parlamentar extremista reflete a escalada da estratégia da extrema direita bolsonarista, que promove uma clara desobediência à Justiça, afrontando diretamente as instituições democráticas brasileiras.
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Carla Zambelli foi condenada pelo gravíssimo crime de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti, que também recebeu sentença de 8 anos e 3 meses. Ele já está preso, em cumprimento de prisão preventiva. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou que esses ataques tinham o propósito deliberado de desacreditar o Judiciário e incentivar manifestações antidemocráticas.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, qualificou Zambelli como instigadora e mandante dessas ações, ressaltando que tais práticas representam uma afronta à dignidade da Justiça e comprometem gravemente a confiança da sociedade no sistema judicial.
A insistência do PL em desafiar o STF e preservar o mandato da deputada mesmo diante de condenação judicial configura uma grave crise institucional, alimentada por discursos autoritários que buscam instaurar o caos político e desestabilizar o Estado de Direito, tudo que Jair Bolsonaro deseja a essa altura, uma vez que está sendo julgado pelo STF e em vias de receber uma condenação que deve também mandá-lo para a cadeia.
