O Sindicato dos Policiais Penais de Alagoas afirmou que está vigilante para evitar qualquer tipo de privilégio ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que foi transferido nesta sexta-feira (25) para o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió.
De acordo com a entidade, a unidade prisional enfrenta sérias condições de precariedade e é considerada um "barril de pólvora". O sindicato teme que eventuais benefícios concedidos a Collor provoquem revolta entre os demais detentos. "Qualquer evidência de favorecimento pode gerar um motim", advertiu o sindicato em nota. As informações são do Painel, da Folha.
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Collor chegou ao presídio no início da tarde, por volta das 14h30, após passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente será mantido em uma ala especial dentro da unidade.
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Regime fechado
A transferência de Collor para o presídio ocorreu sob forte esquema de segurança. Segundo informações obtidas pela reportagem, Collor chegou ao presídio sem a presença de familiares ou advogados.
Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em decisão do STF. O ex-presidente ainda pode recorrer da sentença, mas, por ora, cumpre a pena em regime fechado.
Transtorno bipolar
A expectativa é de que, nos próximos dias, a defesa de Collor protocole pedidos de transferência para outra unidade. Já foi pedido para que a prisão do político, atualmente em regime fechado, seja convertida para domiciliar. Os advogados alegam que Collor, de 75 anos, sofre de graves problemas de saúde que exigem cuidados constantes e acompanhamento médico especializado.
Entre as condições de saúde apresentadas pela defesa estão a doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. Segundo os advogados, essas enfermidades comprometem a saúde física e mental do ex-presidente, tornando inadequada a permanência em uma unidade prisional.