O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ordenou a demissão do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, acusado de participar de desvio de até R$ 6 bilhões na Previdência Social, após investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), durante a operação Sem Desconto.
Além de Stefanutto, foram exonerados ainda o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker; o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos, e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva.
Entenda o caso
Stefanutto já havia sido afastado de sua função na manhã desta quarta-feira (23), e Lula tinha manifestado a intenção de afastá-lo ainda na terça-feira (21), mas só no período da tarde a demissão foi oficializada. A pedido do presidente, Stefanutto solicitou a demissão frente ao cargo.
A fraude no INSS teria começado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda em 2019, e se estendido até 2024. Stefanutto assumiu o cargo de presidente do INSS em 2023, a pedido do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Lupi também havia indicado Glauco Wamburg, antecessor de Stefanutto no cargo, exonerado em 2023 por irregularidades no uso de passagens e diárias.
O desvio acontecia durante a aplicação dos benefícios do INSS, onde eram descontados valores mensais de aposentados e pensionistas como se eles tivessem se associado ou autorizado descontos relacionados a associações.