Neste domingo (20), o deputado federal Mario Frias (PL-SP), conhecido por sua nem tão exitosa carreira como ator, decidiu utilizar as suas redes sociais para atacar os Paralamas do Sucesso.
Tudo começou depois que João Barone, baterista do icônico grupo musical, fez uma crítica ao bolsonarismo: em suas redes sociais, ele disse: "Não consigo entender quem ainda quer um sociopata miliciano genocida golpista de volta ao poder. Tem que ser muito débil mental pra isso”.
O texto elogiava Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e o presidente Lula, questionando como presidentes desse nível poderiam ser comparados com uma figura como a de Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado.
Depois, Barone se desculpou pelo uso do termo "débil mental". “Me desculpo pelo termo inapropriado, não quis ofender os inocentes desprovidos de capacidades cognitivas, me referia aos loucos messiânicos que distorcem a realidade atrás das ilusões de riqueza e poder”, disse.
O que disse Mario Frias Frias
O ex-ator e ex-secretário da Cultura de Bolsonaro, Mario Frias, decidiu dar um chilique em suas redes tentando condenar a postagem de Barone.
"Primeiro, perderam a música. Depois, perderam a alma. Agora, perdem até a vergonha. O Ira já se ajoelhou há tempos; agora, Os Paralamas seguem pelo mesmo caminho — a lenta e humilhante decomposição de quem trocou a rebeldia verdadeira pelo aplauso fácil da tirania. A arte, quando abandona a busca pela verdade, não se torna apenas irrelevante: torna-se cúmplice da mentira. E a história, implacável, reserva a esses traidores da cultura o esquecimento merecido — um silêncio mais pesado que qualquer aplauso comprado", afirmou.
Mario Frias coleciona destaques na carreira, como o programa "O Último Passageiro", na RedeTV! e a novela bíblica "A Terra Prometida", na Record (2016). Na mesma emissora, interpretou o vampiro Lino Rodrigues na novela "Os Mutantes", e Malhação (2014). Posteriormente, o ator abandonou a carreira artística para viver da política. Curiosamente, ele subentendeu em postagem posterior que os Paralamas do Sucesso são "músicos decadentes".
"Nada mais patético do que ver músicos decadentes — outrora rebeldes de boutique — hoje agindo como áulicos de tiranetes de toga e gravata. Com talento minguado e bolsos cheios do dinheiro extraído do suor alheio, validam com três acordes desafinados a tirania que massacra o povo. Transformaram-se, de artistas, em lacaios. De inspiradores, em parasitas. O rock morreu — assassinado pela vaidade e pelo cachê estatal", disse.