O senador Sergio Moro (União-PR) resolveu, na noite deste domingo (13), atacar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, com uma declaração de tom abertamente machista e misógino. O ex-juiz da Lava Jato chamou o chefe da PF de “tigrão com os manifestantes do 8/1 e uma moça com a corrupção e o crime organizado”, numa tentativa de desqualificar as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro.
Machismo
Ao empregar o termo “moça” como sinônimo de fraqueza, Moro expõe uma visão machista que associa o feminino à ineficácia e à passividade. Essa linguagem reforça estigmas de gênero ultrapassados, ao mesmo tempo em que tenta deslegitimar o trabalho da atual direção da PF.
"O atual diretor da PF é tigrão com os os manifestantes do 8/1 e uma moça com a corrupção e o crime organizado. Nunca a PF esteve tão mal. Pessoal desestimulado de ter que investigar gente como a Débora e a Fátima, enquanto os bandidos seguem sem ser incomodados", escreveu Sergio Moro.
Confira:
Moro gagueja em ato pela anistia aos golpistas
Ex-juiz, que encampou o processo de lawfare da Lava Jato contra Lula, Sergio Moro (União-PR) protagonizou mais uma cena patética, desta vez ao tentar pegar carona no ato pela anistia convocado por Jair Bolsonaro (PL) e Silas Malafaia na avenida Paulista no dia 6 de abril.
Escanteado no trio elétrico de Bolsonaro e seus asseclas, Sergio Moro tentou aparecer buscando holofotes do portal Pleno News, que faz parte do espólio deixado pelo ex-senador Arolde de Oliveira, um dos precursores da bancada evangélica que morreu de Covid em 2020 após defender tratamento com cloroquina.
Em entrevista no chão da Paulista, o senador disse que "as penas" impostas aos condenados de 8 de Janeiro são "excessivas" para justificar a anistia para favorecer Bolsonaro.
No entanto, em seguida, Moro passou por uma saia justa e gaguejou ao ser indagado se acha que "Justiça está sendo usada para fazer vingança".
"Não... Eu não diria dessa forma", desconversou Moro, que fez exatamente o mesmo durante a Lava Jato. "Eu acho que os manifestantes têm que voltar para casa", complementou, já saindo de fininho.
Veja vídeo: