AMÉRICA LATINA

Equador: Luísa González denuncia fraude eleitoral e golpe após vitória de Noboa

Candidata do correísmo denuncia fraude e partido não vai reconhecer resultado eleitoral

Luisa González, candidata do Revolución Ciudadana
Luisa González, candidata do Revolución CiudadanaCréditos: Christian Medina/Asamblea Nacional
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Neste domingo (14), a candidata à Presidência do Equador pela coligação Revolución Ciudadana, Luisa González, afirmou que não reconhece os resultados do segunda turno das eleições presidenciais, que deram vitória ao atual presidente Daniel Noboa.

Ela denunciou supostas fraudes no processo de apuração e exigiu a recontagem dos votos.

“Diante do meu povo, de pé como sempre e como convém a boas mulheres”, quero “ser muito clara e enfática… a Revolução Cidadã sempre reconheceu a derrota quando as pesquisas mostraram isso”, mas “hoje não reconhecemos os resultados”, enfatizou”, declarou González, em discurso após a divulgação do resultado eleitoral.

González liderou nas pesquisas e em três das quatro bocas de urna reconhecidas pelo CNE. No primeiro turno, a diferença entre ela e Noboa foi de menos de 17 mil votos.

Segundo os resultados oficiais do segundo turno, Noboa ganhou mais de um milhão de votos e Luísa perdeu o apoio de mais de 200 mil eleitores.

Vale ressaltar que o candidato que ficou em terceiro lugar, Leonidas Iza, é dono de uma fiel base de eleitores indígenas estimada em cerca de 500 mil pessoas. Ele apoiou González no segundo turno.

O ex-candidato presidencial Andrés Arauz, aliado do correísmo e ex-candidato à presidência, também denunciou irregularidades, alegando que o CNE está publicando atas sem assinaturas obrigatórias, o que violaria o Código da Democracia do Equador.

O Parlamento e a bancada da Revolución Ciudadana prometeram acionar instâncias nacionais e internacionais para garantir a transparência do processo. Até o momento, o CNE não se manifestou oficialmente sobre as denúncias.

Abusos pré-resultados

Em discurso depois da divulgação dos resultados, a candidata também acusou o chefe de Estado de abuso de poder e de ter utilizado recursos e instituições do Estado em benefício próprio durante a campanha.

Segundo González, Noboa não se afastou do cargo como exigido pela legislação eleitoral, declarou estado de exceção sem justificativa e impôs medidas autoritárias em províncias onde sua votação era desfavorável.

Ela também criticou o fechamento das fronteiras decretado horas antes da votação, o que teria impedido a entrada de observadores internacionais.

A candidata citou pesquisas eleitorais — incluindo algumas encomendadas pelo próprio governo — que a colocavam na liderança, e defendeu a abertura das urnas para um processo de verificação.

"Isto é uma ditadura, e esta é a maior fraude eleitoral que nós, equatorianos, estamos testemunhando", enfatizou”, disse González.

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