Em um evento realizado neste sábado (12), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, fez duras críticas ao projeto de anistia aos investigados e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Havia um plano de assassinato do presidente da República, do vice-presidente da República e do presidente da nossa Corte Eleitoral. Isso, por si só, deveria chocar e espantar todos”, disse ele, ao participar de um painel ao lado do procurador-geral da República, Paulo Gonet, na 11ª edição da Brazil Conference. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Rodrigues aludiu ainda à tentativa de defensores da anistia minimizarem os crimes praticados no 8 de Janeiro. “Nós não estamos falando aqui da maquiagem de uma estátua. Nós estamos falando de planos de assassinato, ruptura da nossa democracia, vandalismo, depredação de patrimônio público e histórico. Estamos falando de ataques às instituições do Estado do Brasil que trariam consequências inimagináveis.”
“Tenho o maior respeito e apreço pelo Congresso, que é o foro de debates e de proposituras legislativas, mas também tenho minha opinião muito consolidada”, pontuou Rodrigues. “Acho inaceitável não punir pessoas que cometeram crimes dessa envergadura.”
PL da Anistia
Segundo o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), já foram coletadas as 257 assinaturas necessárias para pautar um requerimento de urgência voltado ao projeto de lei que anistia investigados e condenados pelos atos golpistas.
Contudo, chegar ao número mínimo de assinaturas não garante que o projeto será votado em regime de urgência, já que isso depende do aval do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
O requerimento de urgência serve para acelerar a tramitação de um projeto de lei, fazendo com que ele pule etapas regimentais e vá direto à votação no plenário.