Neste domingo (30), milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades do Brasil para se manifestar contra a anistia de Jair Bolsonaro (PL) e outros golpistas.
Impulsionado pelo deputa Guilherme Boulos (PSOL-SP) e lideranças dos movimentos populares e sindiciais, o ato em São Paulo foi uma resposta ao protesto convocado por Boslonaro, em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último 16 de março, além de ser a primeira rodada de manifestações depois de o ex-presidente ter se tornado réu.
O protesto teve início na Praça Oswaldo Cruz, perto da Avenida Paulista e seguiu até o 36° Distrito Policial, na Rua Tutóia, onde funcionava o DOI-CODI, um dos principais centros de torturas da ditadura militar. A organização do evento fala em 25 mil presentes na Avenida Paulista.
Durante o ato em São Paulo, o deputado federal ainda afirmou que levaria marmitas para Bolsonaro na cadeia.
"Quando Bolsonaro se elegeu, ele disse que ia botar os vermelhos, o movimento social e a esquerda na cadeia ou na Ponta da Praia. Vocês se lembram? Mas o mundo gira e nós ainda vamos ter oportunidade de pegar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e levar a marmita da Cozinha Solidária pra ele lá na Papuda. Espera que esse dia vai chegar. Não tem anistia pra essa turma!", afirmou.
Veja vídeo:
Vários deputados federais do PT, PCdoB, PSOL estiveram presentes na manifestação. O deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados, veio do Rio de Janeiro especialmente para a manifestação, representando o PT nacional no ato.
As manifestações de hoje, em diversas capitais, também têm um aspecto de luta pelo direito à memória e verdade, pois acontecem na véspera dos 61 anos do golpe militar de 31 de março de 1964, que destruiu o Estado democrático de direito e durou até 1985.