FORÇA DELAS

Deputadas assumem presidência de 20% das comissões da Câmara

Seis parlamentares foram eleitas para presidir comissões permanentes, um leve aumento em relação a 2024, mas ainda aquém da paridade de gênero na Casa

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A Câmara dos Deputados elegeu seis mulheres para presidir comissões permanentes em 2025, o que representa 20% dos 28 colegiados que já definiram seus líderes. O percentual, ainda que superior à proporção de mulheres na Casa — que ocupam 18% das cadeiras —, continua abaixo do ideal para uma maior equidade na ocupação de espaços de poder.

Desde 2003, o recorde de mulheres na presidência de comissões ocorreu em 2021, quando sete deputadas (28%) assumiram cargos de liderança. Em 2022, esse número caiu para duas (8%), subindo para cinco (16%) em 2023 e se mantendo assim em 2024. Neste ano, houve um leve aumento para seis.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), coordenadora da bancada feminina, reconheceu o avanço, mas enfatizou que ainda é insuficiente. Para ela, é necessário garantir uma maior participação feminina não apenas nas comissões que tratam de direitos das mulheres, mas também em colegiados de maior peso político, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Finanças e Tributação.

Entre as deputadas eleitas para presidir comissões neste ano, está Elcione Barbalho (MDB-PA), que comandará a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A posição ganha ainda mais relevância devido à realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro, evento que trará o tema para o centro dos debates no Congresso.

A presença feminina nas presidências das comissões é um passo na direção da representatividade, mas reforça a necessidade de medidas que ampliem o acesso das mulheres a espaços de decisão e influência política. No atual ritmo, a paridade de gênero no comando das comissões ainda parece distante.

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