O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta quarta-feira (19) para manter os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes nos julgamentos de Jair Bolsonaro (PL) relacionados à tentativa de golpe de Estado que ocorrerão na 1ª Turma da Corte. Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo e relator do pedido de afastamento dos magistrados, votou pela permanência deles na ação envolvendo o ex-presidente.
A análise ocorre no plenário virtual do STF e está prevista para terminar na quinta-feira (20), mas a Corte já formou maioria contrária à solicitação de Bolsonaro. O julgamento foi marcado por Barroso, que na segunda-feira (17) convocou uma sessão extraordinária devido à "excepcional urgência" da questão.
Alexandre Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin, Carmem Lúcia, o relator da matéria Luís Roberto Barroso e os próprios Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram contra o pedido de Bolsonaro.
A estratégia jurídica da defesa do ex-presidente foi seguida por outro denunciado, o general Walter Braga Neto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, que, sem sucesso, tentou impedir a participação de Dino num julgamento de um pedido feito por seu advogado.
Tudo indica que há uma ampla maioria na Suprema Corte para condenar Bolsonaro e todos os envolvidos na trama golpista que culminou com os atos de 8 de janeiro de 2024.