E TOME CONVERSA FIADA

Bolsonaro anuncia qual será o próximo boné na “guerra” do acessório

Ex-presidente, desesperado com a inelegibilidade e apelando até para revogação da Lei da Ficha Limpa, revela o que trará de mensagem na peça a partir de agora

Créditos: Reprodução/Frame/CNN Brasil
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Os últimos dias em Brasília tiveram uma novidade no embate entre o campo progressista, que apoia o governo do presidente Lula (PT), e a extrema direita, liderada por Jair Bolsonaro (PL): a chamada “guerra dos bonés”. Os radicais reacionários começaram o “duelo” usando um acessório com a inscrição MAGA (“Make America Great Again”, ou “Fazer a América Grande Novamente”), lema da campanha de Donald Trump nos EUA.

Aí foi a vez dos parlamentares governistas responderem sem muito alarde com um boné azul com a inscrição “O Brasil é dos brasileiros”, uma cutucada no viralatismo desenfreado dos opositores. Na sequência, acessórios falando de “comida barata novamente” foi usado pelos bolsonarista, ignorando o fato de que a maior inflação de alimentos da história foi justamente registrada no governo do extremista, entre 2019 e 2022.

Pois a tal “guerra” já tem um novo capítulo a ser escrito. Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, no portal Metrópoles, que entrevistou brevemente o ex-presidente, o boné que Bolsonaro mandou fazer com trará a seguinte frase: “Dê-me 50% da Câmara e do Senado que eu mudo o Brasil: Bolsonaro 2026”.

 “Talvez fique um pouco grande para caber [no acessório], mas com certeza meu boné vai ser algo na linha dessa mensagem ou então uma abreviação disso”, disse o antigo ocupante do Palácio do Planalto ao veículo digital sediado no Distrito Federal.

A frase, por óbvio, é apenas mais uma bravata de Bolsonaro. Ele foi presidente por quatro anos, fez todo tipo de acordo espúrio com o Congresso Nacional, sendo aplaudido pela maior parte da Câmara e do Senado, tendo em vista que “comprou” o centrão, mas não fez absolutamente nada de relevante no mandato e não mudou coisa alguma. Aliás, até mudou, e para pior.

Durante sua gestão o Brasil caiu da 9ª para a 13ª posição na lista de maiores economias do mundo, voltou ao vergonhoso “Mapa da Fome” da ONU, atingiu níveis absurdos de miséria, com 33 milhões de pessoas famintas e outros 126 milhões em situação de insegurança alimentar, além de ter se tornado um pária na comunidade internacional.

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