Jair Bolsonaro (PL) cada dia que passa dá mais sinais de que está entrando em desespero e de que já sente o cheiro da cadeia. Denunciado pela PGR ao STF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além do crime de organização criminosa, o ex-presidente saiu agora com uma nova versão para os fatos ocorridos entre o final de 2022 e o começo de 2023.
Nesta segunda (24), o líder da extrema direita brasileira deu uma entrevista à rádio CBN Recife e falou sobre tudo o que houve, mas rechaçando totalmente a terminologia "golpe". Segundo ele, o que foi feito chama-se "remédio constitucional" e se traduziria num "estado de sítio" ou "estado de defesa". Até aqui, mesmo sendo a mais absurda e cínica das interpretações, a versão já era conhecida.
Só que agora ele colocou o PL, seu partido, na dança. De acordo com ele, ao ter negado o recurso no TSE para reverter o resultado das eleições, e posteriormente levar uma multa de R$ 22 milhões, o PL "seria multado em R$ 200 milhões" e "teria registro de partido cassado". Diante da invencionice desconexa, o extremista disse que apenas recorreu aos militares, "sempre dentro das quatro linhas", para permanecer no poder.
Ou seja, ele perdeu a eleição e seu partido inventou mentiras para melar o processo eleitoral, sendo multado por isso, mas Bolsonaro acredita que apelando para que militares interviessem e o mantivessem no poder estaria agindo dentro da lei e da Constituição.
Veja o vídeo com a versão rocambolesca do ex-presidente: