Bateu o desespero. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) no fim da tarde desta quinta-feira (30), por ter cometido abuso de poder aos montar e operar uma rede de desinformação durante a eleição de 2022. Diante da situação, que ainda precisa ser referendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ainda parlamentar saiu disparando súplicas no WhatsApp para “amigos” da Câmara dos Deputados, implorando para que algo seja feito no sentido de impedir sua expulsão do Congresso Nacional.
“Infelizmente a votação terminou com somente 2 votos divergentes, com um resultado de 5×2 pela cassação do meu mandato e 8 anos de inelegibilidade. Peço que os colegas postem em seu X pra que os jornalistas vejam o apoio dos amigos. Foi um julgamento político e não jurídico no TRE-SP com a inclusão de fatos alheios ao processo”, escreve Zambelli para os colegas de Câmara. A informação é do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
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A bolsonarista tem razões para ficar desesperada. Protagonista de crimes gravíssimos, como por exemplo a perseguição de arma em punho a um homem negro numa área nobre e movimentada de São Paulo na véspera do segundo turno das eleições de 2022 e o envolvimento no episódio no qual mandou um hacker invadir o sistema de dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para nele inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Zambelli iria facilmente para a cadeia se não estivesse amparada pelo foro privilegiado de que goza como deputada.
Numa outra mensagem enviada após a sentença do TRE-SP que cassou seu mandato, ela ainda procurou fazer terrorismo psicológico com os “amigos” e lembrou que se de fato ficar sem sua cadeira, o posto será herdado por um parlamentar do PSOL. Ou seja, a velha e batida tática de demonizar a esquerda e culpá-la por tudo.
“Em caso de perda final, minha vaga vai para o PSOL e ainda perdermos mais 2 a 3 deputados no Estado de SP”, escreveu ainda a deputada cassada.
