Jair Bolsonaro (PL) está num lento, silencioso e discreto desespero. Nos últimos dias, o ex-presidente que tentou dar um golpe de Estado no Brasil para se manter no poder está numa verdadeira maratona de entrevistas para veículos de imprensa dos EUA e, ao que tudo indica, sua intenção é chamar a atenção de Donald Trump para sua situação “dramática”.
Após falar ao The New York Times e ao The Wall Street Journal, o líder de extrema direita brasileira falou com exclusividade à Bloomberg, que publicou sua entrevista nesta quinta (30). Na conversa, Bolsonaro insistiu na mesma cantilena de sempre, a de que é um “perseguido político”, mesmo tendo cometido flagrantemente inúmeros crimes no país, e a de que necessita da ajuda de Trump para “voltar ao cenário político”, já que está inelegível até 2030.
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No entanto, uma fala de Bolsonaro à Bloomberg se destacou. Ele deixou transparecer de maneira inequívoca que está com medo de ser preso, embora confesse que “está dormindo bem”, mas insistiu que “sabe” que em algum momento num futuro próximo “será acordado pela Polícia Federal às 6h” para ser preso.
“[Eu] Durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h da manhã: ‘É a Polícia Federal!’”, disse ele ao repórter da publicação norte-americana.
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O patético dramalhão do ex-presidente ainda se utilizou de uma ferramenta de comparação entre sua situação e a do presidente dos EUA antes de conseguir o segundo mandato. Ele disse que tomou uma facada, e que Trump levou um tiro, e citou ainda a invasão do Capitólio, em Washington, em 2021, e o ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 2023, como outras características em comum envolvendo a história dele e de seu ídolo estadunidense.
