CRIMES E CRIMINOSOS

Aumenta número de golpes financeiros na internet. Em SP, um golpista quer ser prefeito

Governo e Febraban fecham acordo para combater crimes na internet, enquanto um golpista condenado quer ser prefeito da maior cidade do país

Créditos: Reprodução / debate Band
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Enquanto aumenta o número de golpes financeiros praticados na internet, na cidade de São Paulo há um candidato a prefeito que é um golpista condenado exatamente por cometer esse tipo de crimes, o autodeclarado coach Pablo Marçal.

O número de crimes financeiros e  golpes semelhantes ao aplicado por Pablo Marçal, que usava de artifícios para roubar dados especialmente de idosos com falsas notificações bancárias, levou o Ministério da Justiça a assinar com a Febraban um acordo para tentar frear esse tipo de crime.

 

“O enfrentamento do aumento exponencial das fraudes, golpes e crimes cibernéticos demanda verdadeira rede colaborativa, com entes públicos e privados dos mais diversos setores. A atuação isolada dos agentes públicos e privados, ainda que combinada com volumosos investimentos em tecnologia e mecanismo de proteção, não se mostra suficiente, sendo fundamental um espaço de articulação institucional”, diz a justificativa do projeto.

“Acredita-se que a formação de um grupo de trabalho para tratar de ações de prevenção e combate a fraudes, golpes e crimes cibernéticos será profícuo para todo o País, figurando como catalisador para iniciativas e projetos em prol da população.” [G1]

 

O papel de Marçal na quadrilha de golpistas

Resumidamente, a quadrilha de criminosos enviava spams para as vítimas, que forneciam seus dados bancários. A partir daí, os golpistas aplicavam fraudes naqueles que caíam no golpe.

Em sua defesa pública, o coach alega que apenas "consertava computadores" para um amigo de sua congregação religiosa e que não sabia que se tratava de um esquema criminoso.

Marçal atuava na primeira etapa do processo. Segundo a investigação da Polícia Federal, ele fazia mais do que apenas a manutenção de máquinas para a quadrilha; também operava um programa que selecionava vítimas para o envio dos spams.

Ele admitiu em depoimento que operava o programa para reiniciar o envio de spam nos e-mails das vítimas. Um agente da Polícia Federal afirmou em audiência que Marçal tinha conhecimento das atividades ilegais da quadrilha e operava ativamente no esquema.

Marçal foi condenado, mas não cumpriu pena, que prescreveu, mas ele ainda permanece condenado pela justiça.