O pré-candidato do MDB a prefeito de Belém Igor Normando, que é primo do atual governador do estado, recebeu o apoio de Josué Bengston pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, ex-deputado federal, e tio da ex-ministra do governo Bolsonaro, Damares Alves. A Igreja Quadrangular é uma das mais fortes na capital paraense, e tem forte representação política na cidade.
A divulgação do encontro nas redes sociais do pré-candidato não é nova mas continua alvoroçando a política local. O apoio de evangélicos mais conservadores é uma tentativa de disputar o eleitorado bolsonarista contra o delegado Éder Mauro (PL) que até o momento lidera todas as pesquisas para a prefeitura da “cidade das mangueiras”. Igor aparece empatado tecnicamente em segundo lugar com o ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) e fez questão de agradecer nominalmente o apoio na sua publicação: “Adesão importante à nossa caminhada. Agradeço a confiança dos amigos Pastor Josué Bengtson, Paulo Bengtson, (...), que se juntaram à nossa pré-candidatura à prefeitura de Belém”
Te podría interesar
Casos da Família Bengston
Foi no avião da igreja do pastor Josué que a Polícia Federal apreendeu, em maio de 2023, 290 kg de skunk, um tipo concentrado e valioso de maconha, em um hangar de voos particulares do Aeroporto Internacional de Belém, avaliado em mais de R$ 4 milhões. Um homem responsável pela droga foi preso.
Te podría interesar
Josué e os filhos, Paulo e Marcos, acumulam um histórico de corrupção e violência no campo. Marcos Bengtson foi preso em 2010, acusado de ser o mandante do assassinato do sem-terra José Valmeristo Soares, o Caribé, em Santa Luzia (PA). Antes de matar Caribé, os criminosos o torturaram. O camponês João Batista Galdino também foi torturado, mas conseguiu escapar com vida.
O pastor e ex-deputado, que é tio da Senadora Damares Alves (Republicanos-DF), também foi condenado em 2018 pela Justiça Federal à perda do mandato por enriquecimento ilícito. Ele fez parte de um esquema de desvio de recursos da saúde no Pará, conhecido como ‘máfia das ambulâncias’. Seus direitos políticos foram suspensos por oito anos.