GOVERNO LULA

Lula visita Noam Chomsky em São Paulo após linguista ter alta hospitalar

Aos 95 anos, filósofo e linguista estadunidense se mudou para o Brasil onde vive com a esposa, Valéria, após ter tido um AVC. Amigo de Lula há anos, em 2020 ele apontou o que teriam sido os erros do governo petista

Noam Chomsky e Lula.Créditos: Facebook Lula /Ricardo Stuckert
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O presidente Luis Inácio Lula da Silva viajou neste domingo (23) para São Paulo onde se encontrará com o filósofo e linguista Noam Chowmsky, de 95 anos, que teve alta hospitalar na última terça-feira (18).

Casado com a brasileira Valéria, Chomsky, que é dos EUA, se mudou para o Brasil após ter um acidente vascular cerebral massivo em junho de 2023.

Lula chegou pela manhã a São Paulo e vai até a casa do linguista no período da tarde. O presidente ainda deve visitar o antigo rival, Fernando Henrique Cardoso, que está com 93 anos.

Lula vai passar a noite em sua casa, na capital paulista, e deve retornar à Brasília na manhã desta segunda-feira (24).

Boatos sobre a morte

A visita de Lula a Noam Chomsky ocorre após boatos sobre a morte do linguista, que foram desmentidos na última semana pela esposa dele.

Lula e Chomsky são amigos há muitos anos e o ativista chegou a vir ao Brasil em 2018 para visitar o petista na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele estava preso após lawfare conduzido pela Lava Jato.

“Vinte anos atrás tive o privilégio de conhecer Lula. Fiquei muito impressionado e continuo. Há 100 anos, o Brasil foi considerado o colosso do Sul, e isso esteve próximo de acontecer. O Brasil tornou-se o país mais respeitado do mundo sob a liderança de Lula”, afirmou Chomsky à época, antes de encontrar Lula na prisão.

Em entrevista a Michael Brooks, em 2020, Chomnsky lamentou que o Brasil tenha virado, com Jair Bolsonaro (PL), “um dos países mais ridicularizados e rejeitados do mundo”.

Ele também lembrou a "década dourada" nos primeiros dois mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, e destacou o que considera ter sido um erro importante do amigo.

“Faltou fazer as pessoas entenderem que elas eram parte do sistema que estava se desenvolvendo. [...] Eu pude falar com famílias que eram muito pobres e que conseguiram comprar um carro, colocar os filhos na escola ou abrir um pequeno negócio... Quando você pergunta a elas: ‘Como isso foi possível?’, elas respondiam: ‘veio de Deus’. Foi algo passivo. Eles não sabem que foi parte do programa do Partido dos Trabalhadores. Como se isso apenas tivesse chegado a elas de alguma forma. Como se eles não fossem parte disso”.