Nesta quarta-feira (19), as ações da Nubank amanheceram em queda na Bolsa de Valores após clientes anunciarem um boicote contra a empresa.
O movimento se iniciou após Cristina Junqueira, CEO da fintech, divulgar em suas redes sociais um evento do Brasil Paralelo, empresa de mídia de extrema direita, com o psicólogo canadense Jordan Peterson, realizado nesta terça (18).
Peterson é um ícone da alt-right, conhecido por seu discurso misógino e anti-trans, além de ser um defensor de ideologias supremacistas.
Ele foi elogiado profundamente por Eduardo Bolsonaro, articulador da frente de extrema direita global no Brasil. "Imensa honra almoçar com o principal influenciador vivo do Ocidente: Dr. Jordan Peterson. O famoso psicólogo canadense está no Brasil em excelente companhia, a convite de @brasilparalelo", disse no Twitter.
Jordan Peterson - polêmicas
Jordan Peterson não é somente um amigo do Brasil Paralelo e de Eduardo Bolsonaro, mas também é um sujeito acusado de antissemitismo e nazismo por, em uma palestra, afirmar que seus ouvintes deveriam "admirar Hitler".
“Você tem que admirar Hitler, a questão é essa! Porque ele era um gênio organizacional. As pessoas não rejeitam a ambição de se tornarem Hitler porque não têm a motivação genocida. Elas não seguem esse caminho porque não têm o gênio organizacional. Elas têm essa porra de motivação”, disse o influenciador de extrema direita em uma palestra.
As opiniões de Peterson sobre a importância da ideia de um Ubermensch, os perigos do "marxismo cultural" e a necessidade de um líder forte são facilmente comparáveis com o nazismo.
O psicólogo também é um negacionista das identidades trans. Ele propositalmente usou o gênero incorreto ao se referir ao ator Elliot Page. Além disso, comparou cuidados de afirmação de gênero - como cirurgias e terapias hormonais - a experimentações médicas da era nazista, o que levou à desmonetização de seus vídeos pelo YouTube.