Durante uma entrevista coletiva no G7, o presidente Lula garantiu a continuidade de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, após críticas ao petista vindas de alguns setores da burguesia nacional.
O principal motivo da pressão contra Haddad veio após a MP do Equilíbrio Fiscal. O ministro enviou ao Congresso uma medida provisória que alterava as regras nos créditos de Pis/Cofins após identificar fraudes no sistema.
A medida faria com que grandes empresas tivessem que adiantar pagamentos de impostos rapidamente, o que causou um alvoroço entre os empresários. A MP foi devolvida e o governo estuda como abordar a questão no futuro.
Embora Haddad esteja sistematicamente incorporando as demandas do setor financeiro e do agronegócio em sua agenda política, alguns setores econômicos, impulsionados pela grande imprensa, cogitaram a queda do ministro da Fazenda.
Mas Lula disse que não.
"É mantido por mim"
"Ele é mantido por mim", afirmou Lula. "O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente da República. Porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim, e mantido por mim", disse.
O presidente ainda questionou a cobertura da imprensa sobre a situação econômica do país. "A questão do déficit fiscal aparece na primeira página, na segunda página, na terceira página. Ou seja, ninguém fala da taxa de juros de 10,25% num país com inflação de 4%. Ninguém fala. Pelo contrário, faz uma festa para o presidente do Banco Central em São Paulo. Normalmente, os que foram na festa devem estar ganhando dinheiro com a taxa de juros", completou.
E ainda aproveitou para fazer uma previsão: "Anotem aí: nós vamos chegar à 6ª economia do mundo. Chegamos em 2011, depois caímos para a 12ª e eu já trouxe de volta para a 8ª posição. E até o final do meu mandato vamos chegar à 6ª".