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VÍDEO: Bolsonarista neto de ditador brasileiro leva ‘prensa’ de deputada dos EUA

Caricato ativista da extrema direita e investigado por participar da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, o descendente do general Figueiredo ficou acuado e constrangido

Paulo Figueiredo em audiência no Congresso dos EUA.Créditos: Redes sociais/Reprodução
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Entrou na moda entre os bolsonaristas brasileiros que vivem nos EUA “denunciar” uma ditadura imaginária em vigência atualmente no governo do presidente Lula (PT), e operada malucamente pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, peregrinando ao Legislativo norte-americano para tentar envolver o Tio Sam nas sandices da extrema direita tupiniquim. Vários já foram “depor” no Capitólio estadunidense para “explicarem” impropérios como “censura” e “autoritarismo”, só que o último que adotou tal expediente acabou se dando mal.

Nesta terça-feira (7), o extremista Paulo Figueiredo, neto do último ditador brasileiro, o general João Baptista Figueiredo, investigado por participação no golpe de Estado malsucedido de 8 de janeiro de 2023, também sentou no imponente salão que abriga os assentos do representantes do Congresso dos EUA, em Washington, só que antes de começar com sua ladainha ultrarreacionária ele levou uma “prensa” da deputada democrata Sydney Kamlager-Dove.

Nas perguntas introdutórias feitas pela parlamentar, visivelmente acuado, o neto do derradeiro déspota da Ditadura Militar afirmou “não saber por que é investigado pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal” na ação relacionada à tentativa de golpe de Estado ocorrida há pouco mais de um ano. Só que a pergunta mais devastadora viria a seguir, afinal, Kamlager-Dove estava de frente com um depoente “defensor da democracia e contra a censura e o autoritarismo”.

“Você repudia a ditadura militar que governou o Brasil entre 1979 e 1985?”, questionou a deputada. Note que ela destacou exatamente o período em que o avô do extremista esteve à frente do regime de exceção. Engasgado e surpreso com o “enquadro” da parlamentar, Paulo responde constrangido “isso não tem nada a ver...”. Antes mesmo de concluir, o tom de Kamlager-Dove encrespa. “Sim ou não”, diz ela duas vezes, deixando o radical reacionário ainda mais sem graça.

Veja o vídeo com o momento da "prensa":