Ricardo Cappeli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), entrou na briga contra o bilionário Elon Musk e pegou pesado.
Segundo o ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil, o dono do X deveria ser banido do país.
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“Banido. Regulamentação é para os que respeitam o país. Esse invasor estrangeiro arrogante, consumidor de drogas pesadas, segundo publicações de seu próprio país, tem que ser banido do Brasil. Como pode alguém que se diz nacionalista e conservador defender essa pessoa?”, escreveu ele neste domingo (7), na própria plataforma de Musk.
Jorge Messias
O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, também reagiu de maneira contundente neste sábado (6), à afronta que Elon Musk, o dono do X (antigo Twitter) fez ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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Messias afirmou em sua conta do X ser “urgente regulamentar as redes sociais. Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com domicílio no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades. A Paz Social é inegociável”.
O que aconteceu
Musk perguntou a Moraes na sexta-feira, por que ele “exige tanta censura no Brasil”.
A frase do bilionário foi escrita em resposta a uma publicação de Moraes no X de 11 de janeiro, em que ele parabeniza o ex-ministro da Corte Ricardo Lewandowski pelo cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
O dono do X se referia a acusações de censura contra políticos brasileiros de extrema-direita acusados de espalharem fake news nas redes. O assunto foi levantado pelo jornalista americano Michael Shellenberger, na última quarta-feira (3), em sua conta no X (antigo Twitter).
Ataque orquestrado
Segundo o jornalista, que faz coro ao lado de Musk contra Moraes, “o Brasil está envolvido em um caso de ampla repressão da liberdade de expressão liderado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal”. A esse dossiê, que pretende provar que o Poder Judiciário é uma “ameaça à democracia”, foi dado o nome “Twitter Files Brazil”.
O nome, inclusive, deriva de um caso semelhante ocorrido nos EUA ao qual Shellenberger teve acesso. À época, foi o próprio Elon Musk quem revelou os documentos e os repassou ao jornalista logo após comprar o Twitter e mudar seu nome para X. O “Twitter Files” original apontava que agências do governo dos EUA se esforçaram durante a pandemia para retirar do ar postagens negacionistas da ciência e do próprio Covid-19. Na narrativa apresentada por Musk e pelo jornalista, no entanto, o objetivo seria “censurar a internet de forma profunda”.
Agora, na versão brasileira da conspiração do bilionário de extrema direita, o 'Twitter Files Brazil' aponta que a “censura” ao Twitter não parte apenas de agências federais, mas de ordens judiciais emitidas pelo próprio Supremo, que devem ser cumpridas. O dossiê contou com a colaboração de dois jornalistas que escrevem para a Gazeta do Povo, um site reconhecidamente pró-Bolsonaro.
Bolívia
Esta não é a primeira vez em que, Musk, o homem mais rico do mundo, manifestou apoio à extrema-direita da América do Sul. Em 2020, ele confessou de modo arrogante que patrocinou o golpe de Estado na Bolívia, que derrubou um governo eleito e colocou no poder Jeanine Añez. Jeanine está presa e foi condenada a 10 anos de cadeia pelo golpe. Musk está mais bilionário hoje do que era há três anos.
Na época, ele não só confessou o apoio ao golpe como afirmou que "Vamos golpear quem quisermos".
A publicação no Twitter, que ele ainda não havia comprado, foi apagada logo após a repercussão negativa mundial. Mas o print é eterno.