PRIVATIZAÇÃO

Ricardo Nunes desqualifica pesquisas que apontam rejeição à venda da Sabesp

Para o prefeito paulistano, “fazer pesquisa em cima de situação que não tem dado, ou tá desinformado ou tem má fé”

Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), desqualificou nesta segunda-feira (29) os levantamentos de institutos de pesquisas que apontam que mais de 50% dos paulistas e paulistanos são contra a venda da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

“A discussão da Prefeitura e discussão dos vereadores é de melhorar a nossa relação contratual [com a Sabesp]. Não existe outra discussão a não ser melhorar essa relação. Agora, fazer pesquisa em cima de situação que não tem dado, aí ou tá desinformado ou tem má fé”, avaliou Nunes.

Durante visita ao CAT (Centro de Apoio ao Trabalhador), na região central da capital, Ricardo Nunes contou que nem é contra e nem é a favor à venda da empresa estadual de saneamento para a iniciativa privada. “Olha, eu e toda a população, nós estamos a favor daquilo que for bom para a cidade”, avaliou.

Segundo a Pesquisa Quaest de 15 de abril, 52% dos eleitores paulistas rejeitam a privatização da Sabesp. Outros 36% se dizem a favor. Com margem de erro de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos, a sondagem foi respondida por 1.656 pessoas com mais de 16 anos, entre os dias 4 e 7 de abril.

A pesquisa da Quaest – encomendada pela Genial Investimentos – chegou a um resultado parecido ao do levantamento feito pelo Datafolha, em abril de 2023, quando 53% dos paulistas se manifestaram contra a venda da estatal.

A população teme que o processo de desestatização resulte no aumento do valor da conta de água e esgoto. Segundo Nunes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicano), tem dito que a tarifa será reduzida.

Manifestantes contrários à venda da Sabesp percorreram, na tarde desta segunda, avenidas da região central da capital. O protesto foi promovido por movimentos como Povo Sem Medo, Brasil Popular e CUT (Central Única dos Trabalhadores), além dos partidos PT, PDT, PCdoB, PV, PSOL e Rede.