Em vídeo divulgado nas redes o pastor Malafaia decidiu declarar guerra aberta ao ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de "ditador da toga" e ameaçando o ministro de ser alcançado pela justiça divina ou pelo povo. Aproveitou para divulgar o evento de Bolsonaro, que era enfim a missão que lhe fora dada pelo ex-presidente.
Condenado no TSE e investigado em processo no STF relatado por Alexandre de Moraes, Bolsonaro resolveu terceirizar os ataques ao ministro. Com isso evita ser preso ao mesmo tempo que mantém aceso e inflamado seu bando de apoiadores.
Para isso, tentou usar Elon Musk, numa suposta live, que se revelou fake, como usa os filhos e Malafaia para alimentarem o ódio contra o ministro Alexandre de Moraes. Confira.
Bolsonaro quer aproveitar o feriado de Tiradentes e o domingo, dia em que Copacabana fica lotada de gente, não apenas na areia e no mar, mas passeando por suas calçadas e pela rua na margem da praia (que fica interditada ao trânsito para uso dos pedestres), para dizer que todos estão ali por ele, para apoiá-lo, num desagravo ao que ele considera uma perseguição.
Como já fez algo semelhante na Avenida Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro, impunemente, quer repetir a dose e agora de modo mais ousado. Em São Paulo, houve apelo para que manifestantes não levassem bandeiras ou faixas com ofensas ao STF, seus ministros e à Justiça. Agora, nem isso.
Como se aproxima o dia de sua prisão pelos inúmeros crimes de que é acusado, com fartas provas, Bolsonaro sobe o tom, terceiriza o ódio para não ser preso.
O que Bolsonaro quer é insuflar seus seguidores contra a Justiça e as leis do país, aproveitando-se da indecisão dos poderes, que já poderiam tê-lo mandado para a cadeia em prisão preventiva para não prejudicar o processo.
Em Copacabana ele vai testar novamente até onde pode esticar a corda.