O presidente Lula assinou nesta terça-feira (9) uma Medida Provisória com o objetivo de diminuir o preço da conta de luz. A medida trará uma diminuição de 3,5% a 5% no valor da conta.
Isso a Folha não diz no título. Prefere destacar um hipotético aumento que pode vir a acontecer daqui a cinco anos, em 2029, de 7%.
Vamos supor uma conta de R$ 100, e perguntar ao povo se ele prefere:
- continuar a pagar os R$ 100, ou
- pagar R$ 95 agora e talvez R$ 101.65 (95 + 7%) em 2029.
A má-vontade da Folha em relação ao governo Lula beira a má-fé. O país está se recuperando do terremoto com tsunami que foi o governo Bolsonaro, cuja política econômica a Folha aplaudiu de pé, criticando apenas os maus modos de Bolsonaro à mesa...
No entanto, toda ação positiva do governo vem sempre acompanhada de uma adversativa: mas, porém, contudo.
No caso do barateamento do custo da energia elétrica, que dói fundo no bolso, em vez de mirar o desconto de agora, prefere destacar um possível aumento futuro.
O ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira comentou sobre essa cobrança da mídia e reconheceu que será um desafio manter a tarifa mais baixa nos anos seguintes.
"É um desafio que nós não teremos trégua. Vocês [da imprensa] sempre demandando e nós sempre tentando dar respostas, buscando cada vez mais criatividade e vigor na busca de equilibrar.
"Vamos corrigir um erro grotesco do governo anterior. Alguém achou uma ótima ideia fazer negócios com juros elevadíssimos e jogar o boleto no colo dos brasileiros e das brasileiras mais pobres e da classe média, que são os consumidores regulados", afirmou Silveira na cerimônia.
Além dos juros do Banco Central, dos urros da extrema direita, do Centrão glutão, o governo do presidente Lula tem que enfrentar a batalha diária que lhe impõe a mídia, que vocaliza o mercado financeiro e não o dia a dia da maioria da população.