A revista VEJA, ao que consta, passou todos os limites da desinformação ao publicar uma reportagem na manhã desta quinta-feira (28) sobre um levantamento do instituto Paraná Pesquisas que teria avaliado quais candidatos seriam os mais bem colocados para enfrentar o presidente Lula (PT) nas eleições de 2026. No título da matéria, o fanzine que alimenta o antipetismo patológico afirma que Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é governador de São Paulo, “é o nome de centro” com mais potencial para bater o petista.
Tarcísio é um expoente, se não o maior entre os políticos elegíveis, da extrema direita brasileira. O ex-ministro é um bolsonarista aguerrido e faz uma gestão ultrarreacionária no estado mais populoso e rico do país, disparando discursos assassinos para endossar o morticínio que sua PM promove na Baixada Santista, repetindo chavões infantis anticomunistas e mudando até o nome de um assentamento de reforma agrária no Pontal do Paranapanema, batizado há décadas de Che Guevara, que agora passará a se chamar Irmã Dulce.
“O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o político de centro com maior potencial para derrotar o presidente Luiz Inácio Lula na eleição presidencial de 2026, segundo vários cenários testados pelo instituto Paraná Pesquisas em um levantamento feito entre os dias 18 e 22 de março, contratado pelo partido PP”, diz o primeiro parágrafo da risível reportagem.
Nas redes sociais, a aberração jornalística ganhou contornos de revolta e de sarro. "Tarcísio de centro?", questionou um internauta no 'X' (antigo Twitter). Já outro implorou à revista: "Não jogue sujo, VEJA". Teve ainda quem aproveitou a situação para fazer piada: "Se o Tarcísio é de centro, eu sou a Madona".
Na ficha corrida da VEJA, que sustenta junto com outros veículos da imprensa hegemônica que só eles fazem “jornalismo profissional”, estão dezenas de capaz do mais puro macartismo, com muita demonização, insultos e acusações contra Lula, a ex-presidenta Dilma Rousseff e ao PT de forma geral, além de “reportagens” escandalosamente desconectadas da verdade como “os dólares do PT recebidos de Cuba” e o “dinheiro das Farc para campanha eleitoral”, que já se tornaram parte do anedotário nacional.