A certeza da impunidade faz com que a pessoa não tome cuidado com princípios básicos de segurança. Foi o que aconteceu com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele tinha tanta certeza de que seria reeleito, que nunca se preocupou em não deixar pistas dos crimes que cometia.
Um deles acaba de ser revelado pela Polícia Federal, que o indiciou hoje por falsificar certificado de vacinação contra COVID, dele e de sua filha Laura.
Rastreando o endereçamento IP dos certificados falsos, a PF foi parar no Palácio da Alvorada, residência do presidente da Republica, na época ocupado por Bolsonaro.
Lá, na impressora apontada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, estavam os arquivos com os dois certificados falsos.
Hoje, é possível rastrear o histórico da impressora e foi o que a PF fez. Lá estavam os dois certificados, que a PF chegou a reimprimir como prova: certificadobolsonaro.doc e certificadolaura.doc.
Não há como contestar, ou Bolsonaro dizer que não sabia de nada. Foram impressos na impressora do Alvorada.
Este deve ser o processo que vai acabar com o réu primário de Bolsonaro, abrindo as portas para que ele seja trancado nas próximas condenações que certamente virão — e muitas.