A abertura dos trabalhos de 2024 da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (13), foi marcada por uma cena estarrecedora protagonizada por bolsonaristas: os radicais de extrema direita tumultuaram a audiência com ofensas à vereadora Marielle Franco, cujo assassinato completa 6 anos nesta quinta-feira (14).
Quem começou o tumulto foi o deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA), bolsonarista que já disse ter orgulho de ter "matado muita gente". Ele entrou na comissão fazendo provocações a deputadas de esquerda e dizendo "Marielle acabou, porra!".
Entre outros impropérios, o parlamentar disse que “feministas que defendem bandidos do Rio” não se posicionam a favor das mulheres estupradas por membros do Hamas. "Mas se fosse Marielle Franco tenha certeza que elas estariam até hoje defendendo", disparou.
"Marielle Franco acabou, porra. Não tem porra nenhuma aqui!, disse ainda o bolsonarista.
Parlamentares de esquerda, como a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), reagiram. “Você é um torturador, matador, torturador”, disse a congressista, se dirigindo a Éder Mauro, que gritava e batia na mesa. A presidente da comissão, deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), teve que encerrar a sessão diante dos ataques.
"Hoje, a extrema-direita intolerante reproduziu a forma mais pura de Violência Política de Gênero na CDHMIR. Na véspera da data em que completamos 6 anos sem Marielle Franco, extremistas atacaram a memória dessa mulher que lutou bravamente contra a violência política de gênero, a extrema-direita misógina fez uma barbárie na CDHMIR! Marielle, presente!", escreveu Daiana Santos através das redes sociais.
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