O Carnaval do presidente da Câmara Arthur Lira foi intenso. Viajou de Brasília para o Rio para curtir e desfilar na Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, com um enredo em homenagem a Alagoas realizado com R$ 8 milhões de verbas da prefeitura do estado, Maceió. Depois, Lira e sua comitiva de oito pessoas foram para Salvador curtir o Carnaval baiano.
Até aí, nada de mais. Não fosse por um detalhe: Lira viajou para lá e para cá com sua comitiva nas asas de um jatinho da FAB, alegadamente por motivos de segurança. Mas, qual segurança? Os demais deputados também voam de jatinho? O que teme Arthur Lira e o faz especial em relação aos demais congressistas?
Aqui um print da página da FAB com os voos de Lira em destaque.
Por ser presidente da Câmara, o deputado tem direito a solicitar voos da FAB por questões de segurança, para viagens a serviço ou por emergências médicas.
Como Carnaval com amigos não é viagem a serviço nem emergência médica, Lira alegou segurança. Em que poria a segurança dele em risco viajar em aviões de carreira nesses trajetos? O que teme Arthur Lira?
Nos deslocamentos de Brasília para Salvador e da capital baiana para o Rio, Lira levou oito passageiros, de acordo com registros da FAB. Os nomes dos acompanhantes do deputado, no entanto, não foram informados.
Na segunda-feira pela manhã, com outros quatro passageiros, Lira voou de novo em avião da FAB para Campinas (SP), de onde, segundo aliados, viajou para o exterior. Ele deve retornar ao Brasil no fim de semana. [Congresso em Foco]
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