Nunca é tarde para se voltar atrás, mesmo que a decisão tenha sido tomada por conta de um processo judicial. Foi o que fez o empresário Luiz Carlos Bassetto, que em 11 de janeiro do ano passado falou de forma ameaçadora e xingou o então advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula (PT) em seus processos na 13ª Vara Federal de Curitiba, e que agora é um dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O caso ocorreu num banheiro do aeroporto de Brasília.
O advogado de Bassetto apresentou um pedido de retratação à 6ª Vara Criminal de Brasília, onde corre o processo aberto por Zanin, dizendo que seu cliente “retira tudo que tenha dito, de forma a declarar publicamente e perante este Ilustrado Juízo, que o QUERELANTE (Cristiano Zanin) não faz jus as ofensas perpetradas”. Na prática, se desculpou e admitiu que seus xingamentos foram injustos e reprováveis.
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A intenção da defesa do empresário é conseguir, por meio deste instrumento, o encerramento da ação por difamação em curso, livrando-se assim de uma pena. O argumento para a atitude de Bassetto, de acordo com seu advogado, é de que seu cliente falou os impropérios “em meio aos conturbados acontecimentos de 8 de janeiro, período de transição de governo e intensos debates ideológicos e políticos”.