CLÃ BOLSONARO

"Imagina se Bolsonaro morre amanhã?", indaga Eduardo em live com o irmão, Carlos, sobre 2026

Eduardo Bolsonaro é sondado por ala do PL a substituir o pai como candidato à Presidência em 2026. Na live, deputado afirmou que se encontrará com nora de Trump na Argentina para debater anistia: "mais importante que meu mandato"

Eduardo e Carlos Bolsonaro em live sobre.Créditos: Reprodução / Youtube
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Sondado por uma ala do PL para substituir o pai como candidato à Presidência em 2026 - em detrimento a outro grupo, que prefere Flávio Bolsonaro (PL-RJ) -, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) especulou sobre um novo cenário para 2026 em relação a Jair Bolsonaro (PL), que estaria praticamente convencido da impossibilidade de reverter sua inelegibilidade após a conclusão do inquérito sobre a Organização Criminosa (OrCrim) golpista.

Em live na noite deste domingo (1º), o deputado elogiou irmão, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), "que chega carregando o piano nas costas, tomando de tudo quanto é lado, às vezes fogo-amigo" e levantou a nova hipótese.

"Tem um provérbio que fala que o inteligente também pensa na morte. Imagina se Bolsonaro morre amanhã? Pode acontecer. O que você acha que vai acontecer no movimento da direita? Acha que vai ter assim uma convergência em torno de um nome para 2026? Acha que o pau vai quebrar? Acha que vai ter uma estratégia dentro do Congresso Nacional Acha que vai ser caos?", disparou Eduardo.

Em seguida, o filho "03" de Bolsonaro, que vem se destacando como uma espécie de "diplomata" do clã, criticou o "egoísmo" e a "inveja" daqueles que buscam aglutinar a direita em torno de uma candidatura de "terceira via", como os governadores Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, além de figuras do Centrão que estão desembarcando do bolsonarismo.

"A figura do líder sustenta tudo isso e quando ela deixa de existir, vários problemas começam a surgir. Por isso não consigo entender como algumas pessoas trabalham de maneira sorrateira - e é a pior coisa que tem, né? - para tentar derrubar ele [Bolsonaro]? Exclusivamente para levantar o nome próprio. Isso ai chama egoísmo, inveja", emendou.

Eduardo afirmou ainda que deve se encontrar nesta terça-feira (3), na Argentina, com Lara Trump, nora de Donald Trump, e outras figuras próximas ao presidente eleito dos Estados Unidos, como o influenciador Ben Shapiro, para debater sobre a projeto de anistia que, segundo ele, é mais importante que o mandato na Câmara.

"Eu tenho falado por ai: por onde quer que eu vá, vou levantar a bandeira da anistia. Porque é o que mais importa. Mais importa que meu mandato. Se eu estou pensando em sair candidato a senador, se troco ideia com o Valdemar [da Costa Neto, presidente do PL], com meu pai, e estou encontrando um certo amparo, é para fazer esse tipo de coisa", afirmou.

O deputado ainda ressaltou que "o problema" para aprovação nas pautas conservadoras e de interesse do clã, como a Anistia, não está na Câmara, mas no Senado, onde tramita, por exemplo, pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos maiores sonhos do bolsonarismo é justamente derrubar Alexandre de Moraes, considerado algoz da família na corte.

"Porque o problema não está na Câmara, principalmente para projetos de lei que dependem de uma maioria simples ou projetos de lei complementar, que dependem de uma maioria absoluta, que às vezes a gente consegue até aprovar na Câmara, mas o problema está lá no Senado. Dentre várias outras pautas que vocês conseguem imaginar", disse sinalizando justamente a possibilidade de impeachment de Moraes.

Candidato à Presidência?

A declaração de Eduardo Bolsonaro acontece em meio às sondagens de uma ala do PL para alçá-lo ao lugar do pai como candidato à Presidência em 2026.

Em conversas reservadas, Jair Bolsonaro já teria admitido colocar um dos filhos na linha sucessória, para que o domínio da ultradireita no país siga com uma figura do clã.

Os defensores da candidatura de Eduardo dizem que pesa a favor dele o fato de ser o único dos filhos a não responder a processos criminais. Além disso, o deputado tem como argumentação a seu favor de que é o principal articulador internacional do bolsonarismo, com trânsito livre na antessala de Donald Trump e Javier Milei.

A favor do irmão, Flávio - que conseguiu trancar a investigação de corrupção das rachadinhas -, conta o fato desse ser considerado mais político e menos ideológico.

Essas duas alas do PL defendem que o partido teste o nome dos dois filhos de Bolsonaro em novas pesquisas eleitorais, já que Michelle Bolsonaro não obteve uma performance esperada e a candidatura dela não agrada o ex-presidente.