O relatório final da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 37 homens ligados ao seu governo e às Forças Armadas, da ativa e da reserva, foi liberado há pouco após o sigilo sobre o caso ter sido levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Encaminhado também à Procuradoria-Geral da República, como determina o ordenamento jurídico brasileiro, para que seja apresentada ou não a denúncia na Justiça contra os acusados, o longo documento tem 884 páginas e traz a vasta investigação realizada pela PF que revelou uma complexa rede de crimes que tinha por finalidade romper com o sistema democrático vigente no país e instaurar um regime ilegal comandando por Bolsonaro, que se negava a sair do poder após a derrota sofrida para o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no pleito de outubro de 2022.
Além de Jair Bolsonaro, foram indiciados também Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa derrotada), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional – GSI), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Informações – Abin), Valdemar da Costa Neto (presidente do Partido Liberal – PL), Ailton Gonçalves Moraes Barros, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, Almir Garnier Santos, Amauri Feres Saad, Anderson Gustavo Torres, Anderson Lima de Moura, Angelo Martins Denicoli, Bernardo Romão Correa Netto, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, Carlos Giovani Delevati Pasini, Cleverson Ney Magalhães, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, Fabrício Moreira de Bastos, Filipe Garcia Martins, Fernando Cerimedo, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Hélio Ferreira Lima, José Eduardo de Oliveira e Silva, Laercio Vergilio, Marcelo Bormevet, Marcelo Costa Câmara, Mario Fernandes, Mauro Cesar Barbosa Cid, Nilton Diniz Rodrigues, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Rafael Martins de Oliveira, Ronald Ferreira de Araujo Junior, Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, Tércio Arnaud Tomaz e Wladimir Matos Soares.
Leia a íntegra do relatório da PF enviado ao STF clicando neste link.