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Alexandre de Moraes: 'O que aconteceu ontem começou lá atrás com o gabinete do ódio'

O ministro Alexandre de Moraes contextualizou nesta manhã o atentado terrorista ocorrido ontem na Praça dos Três Poderes, em Brasília

Alexandre de Moraes.Ministro Alexandre de Moraes discursa no CNMP sobre atentado 13/11Créditos: Imagem retirada do vídeo
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Em discurso na manhã desta quinta-feira no Conselho Nacional do Ministério Público (CBMP), o ministro do STF Alexandre de Moraes falou sobre o atentado terrorista ontem na Praça dos Três Poderes em Brasília, quando um homem disparou bombas contra a estátua que simboliza a Justiça, que fica nos jardins em frente ao Supremo Tribunal Federal, e depois se matou.

O autor do atentado foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, conhecido como Tiü França. Ele foi candidato a vereador pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020, pela cidade de Rio do Sul (SC). Ele teve apenas 98 votos, não sendo eleito.

Segundo um segurança do STF que presenciou o atentado, Tiü França se dirigia ao STF com um mochila, quando foi abordado pelo segurança à distância. Ele então voltou, "pegou um extintor, desistiu e o colocou no chão. Saiu com os artefatos para a lateral e lançou dois ou três artefatos, que estouraram".

 

Segundo o relato do segurança, depois de tentar explodir dois artefatos, Francisco Luiz se deitou no chão. “(Ele) acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”. Natanael disse saber que, após a morte de Francisco Luiz, ainda pode ver que havia “algo” atado a seu corpo, mas não soube precisar o que era. Também não soube informar se outras pessoas participaram da tentativa de explodir bombas no local.

 

Gabinete do ódio

Nesta manhã, o ministro Alexandre de Moraes falou sobre o incidente. Disse ser contra a anistia aos criminosos do 8/1 e apontou qual seria p contexto que teria dado origem ao atentado de ontem.

 


"Mas o que ocorreu ontem não é um fato isolado do contexto. Queira Deus e a Polícia Federal vai analisar. Os autos já estão com o presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Barroso, para analisar... a presidência que analisa eventual prevenção em relação às demais investigações já em curso. Como eu disse que era a Deus que seja um ato isolado esse ato. Mas no contexto é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o gabinete do ódio, o famoso gabinete do ódio, começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, não só como instituição, mas contra as pessoas, os ministros do Supremo Tribunal Federal principalmente, contra a autonomia do Judiciário, contra o Supremo Tribunal Federal não só como instituição, mas contra as pessoas, os ministros do Supremo Tribunal e as famílias, os familiares de cada um dos ministros. E isso foi se avolumando, foi se avolumando sob o falso manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão, ofender, ameaçar, coagir. Em nenhum lugar do mundo, isso é liberdade de expressão. Isso é crime. Isso foi se agigantando e isso resultou a partir da tentativa de descrédito das instituições, isso resultou no 8 de janeiro."

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