É um mistério a subserviência do ex-presidente Jair Bolsonaro ao pastor Silas Malafaia. Bolsonaro sempre fez questão de se mostrar valentão, chegando mesmo a peitar o ministro Alexandre de Moraes quando presidente da República, afirmando que não acataria mais nenhuma decisão do ministro. Está certo que depois recuou, pediu até ao golpista ex-presidente Temer para escrever uma cartinha pedindo arrego.
Mas com o pastor Malafaia não. Ele já disse as maiores barbaridades do ex-presidente sem qualquer reação de Bolsonaro.
Como desta vez por exemplo, quando as ofensas foram recebidas como bênçãos, sendo despejadas na cara do ex-presidente.
Na última segunda-feira (7), um dia após o primeiro turno das eleições, Malafaia voltou à carga contra o comportamento de Bolsonaro, especialmente em seu posicionamento nas eleições de São Paulo.
"Porcaria, covarde, omisso."
Numa entrevista à repórter Mônica Bergamo, Malafaia desmoralizou o ex-presidente, chamando-o de covarde e omisso.
Qual a reação de Bolsonaro?
"Eu amo o Malafaia. Ninguém critica mulher feia. Ele ligou a metralhadora, mas isso passa", amenizou Bolsonaro.
Os filhos Carlos e Flávio foram pelo mesmo caminho:
Em publicação no Instagram, Carlos Bolsonaro passou um longo pano para Malafaia, antes de dizer que o guru "tem meu respeito mesmo que esteja extremamente irritado por algum motivo e cometa alguns equívocos, agora atacando de forma absurda meu pai".
Ao concluir, o vereador, que costuma reagir de forma enérgica e com impropérios a quaisquer críticas ao pai nas redes, ainda desejou "do fundo do meu coração muita paz e saúde" e mandou "um forte abraço" ao detrator do pai.
Em nota à coluna de Mônica Bergamo, Flávio minimizou o ataque feroz de Malafaia usando a expressão de que "roupa suja se lava em casa e não em público".
A pergunta que fica é: qual a fonte do poder do pastor Silas Malafaia sobre Jair Bolsonaro e a família? Que segredos poderosos guarda na manga contra eles?
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