O médico infectologista, Marcos Boulos, 79, pai do candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), contou em entrevista à Folha publicada nesta quinta-feira (17), ter recebido fake news contra o filho em mensagem no grupo de WhatsApp do condomínio.
"Aqui no meu prédio, um indivíduo postou uma carta falando que meu filho era um comunista drogado, ladrão, com todas as coisas que você possa imaginar. Provavelmente não tinha percebido que eu era o pai. Eu fiquei furioso e muito, muito magoado. Imediatamente avisei que ele teria que comprovar na Justiça o que falou. Aí houve uma determinação de que não se discute política [no grupo]", disse.
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Criticas a Nunes
Ele também não se furtou a fazer críticas contundentes ao prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB):
"O prefeito é uma pessoa mais omissa. Eu assisti a um seminário em um sindicato de hospitais, ele não entendia nada do que estava sendo tratado. Quando perguntaram de saúde, ele disse: 'eu falo de saúde financeira'. Eu tinha duas dúvidas, ou ele era igual ao Maluf, que você perguntava uma coisa e ele falava outra; ou ele não estava entendendo coisas básicas", afirmou.
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"Não me parece que tem foco, não conhece os problemas. Nunca teve uma grande projeção, foi promovido pelo Bruno Covas, ninguém entende por que ele entrou como vice", encerrou.
O segundo turno
Marcos ainda falou sobre o segundo turno das eleições:
"Ele nunca achou que ia ser fácil. Não pelo prefeito, que não tem um passado, mas pela rejeição do Guilherme, com gente o colocando como comunista, bandido, invasor, coisas que nunca foi. Nunca foi comunista, nunca invadiu casa."
"A dificuldade é que ele tem uma rejeição muito alta. Precisa saber como romper isso, porque é uma rejeição em cima de coisas que não são reais. Então a contundência tem que ser em termos de projetos, propostas, não defender posições radicais, porque de fato um governante tem que conversar com todos", afirma Boulos pai.
E completa: "meu filho nunca teve radicalismo. No movimento social, ele era, inclusive, referência da Polícia Militar, porque evitava haver violência durante os despejos, era chamado pela PM para negociar para que as pessoas saíssem sem violência."
Com informações da Folha