RELAÇÃO ENTRE PODERES

Antônio Brito ainda é possibilidade para governo na sucessão na Câmara

Sucessão na Casa pode determinar os rumos da reforma ministerial em 2025, com o governo avaliando apoio ao deputado do PSD para consolidar sua base no Congresso

O deputado federal Antônio Brito, líder do PSD na Cãmara.Créditos: Cláudio Araújo/PSD na Câmara
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A sucessão para a presidência da Câmara dos Deputados começa a ganhar contornos decisivos dentro do governo federal. Membros da articulação política do Palácio do Planalto indicam que o nome de Antônio Brito (PSD-BA) segue considerado para assumir a liderança da Casa com apoio do governo. Embora o parlamentar já tenha sido associado ao governo em outros momentos, sua candidatura ainda enfrenta resistências internas, principalmente por conta de sua imagem “governista”, um fator que pode pesar nas articulações políticas.

Antônio Brito, assim como Elmar Nascimento (União Brasil-BA), têm mantido suas candidaturas ativas até o fim do ano, aguardando o apoio formal do governo e de outras forças políticas. No entanto, há sinais de que as negociações envolvendo Brito têm um peso maior para a articulação do Planalto, dada a possibilidade de realinhamento com os interesses do governo. O apoio a Brito é visto como uma estratégia de estabilização política que facilitaria não apenas a governabilidade no Congresso, mas também a aprovação de pautas importantes.

Essas movimentações ganham força à medida que o presidente Lula (PT) busca consolidar sua base para o próximo ano. As eleições das mesas diretoras da Câmara, programadas para o início de 2025, têm sido vistas como uma peça-chave nas negociações que podem impactar uma reforma ministerial planejada pelo governo. Lula, segundo membros da articulação política do Palácio do Planalto, espera que as eleições ajudem a definir o novo desenho político que influenciará diretamente na escolha dos ministros que irão compor seu governo para a nova fase.

Além disso, há também a expectativa de que, após o resultado das eleições para as mesas diretoras, o governo aproveite para realizar uma reforma mais ampla em seu time de ministros, ajustando nomes e pastas com base no novo cenário político. “O presidente vai ter que ajustar as peças para essa nova fase”, disse um membro da articulação, referindo-se ao novo desenho que surgirá a partir das eleições.

A disputa entre Antônio Brito e Elmar Nascimento se intensifica, com ambos tentando angariar o apoio de bancadas importantes, como a do PSD e do União Brasil. Elmar já se reuniu com líderes partidários e pretende manter sua candidatura até o fim. Por outro lado, Brito, com apoio velado do Planalto, pode se fortalecer ainda mais nas próximas semanas, conforme o governo afina suas estratégias de negociação.

A reforma ministerial, que vinha sendo discutida desde o início do ano, será provavelmente adiada até que se concluam as votações na Câmara. Membros da articulação política do Palácio do Planalto indicam que essa movimentação política é fundamental para garantir o alinhamento necessário entre as forças do Congresso e o Executivo, assegurando que a base governista esteja consolidada para os desafios de 2025.