PEQUENINA

No Interior de SP, candidato é eleito com 35 votos, a menor votação do Brasil

Acontecimento curioso ocorrido em cidade de população muito pequena tem uma explicação até simples. Entenda o caso

Praça da Matriz de Borá.Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
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No Brasil inteiro foram eleitos mais de 58 mil vereadores no último domingo (6). As votações foram as mais diversas e termo quantitativos, como no caso de Lucas Pavanato (PL), o mais votado do Brasil, um bolsonarista que obteve 161.386 votos e foi eleito para a Câmara Municipal de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. Claro que nem todos os parlamentares municipais tiveram votações expressivas, até porque a maioria das cidades é bem modesta, mas um caso, particularmente, chamou muito a atenção.

Luiz Seringuera (MDB), candidato a vereador em Borá, no interior paulista, garantiu sua vaga com apenas 65 votos. Sim, 65. Mas você se engana se imagina que tal fato ocorreu por alguma distorção do quociente eleitoral ou algo do tipo. É que Borá é o menor colégio eleitoral do Brasil (e a segunda menor cidade em população em todo o país, com 907 moradores) e por lá o candidato mais votado teve 99 votos apenas. Só 918 eleitores compareceram às urnas no último fim de semana, um número superior ao de habitantes. Logo, 35 votos, foi o suficiente para garantir uma das nove cadeiras da câmara boraense, o limite mínimo para cidades com menos de 15 mil habitantes.

Outra situação curiosa por lá foi a “vitória” do atual prefeito Luiz Carlos Rodrigues (Podemos). Ele se reelegeu, mas teve a empreitada eleitoral facilitada pelo fato de não ter um concorrente. Disputou sozinho e recebeu 727 votos, obtendo mais quatro anos de mandato. Borá, aliás, é tão pequena e peculiar que sequer tem uma agência bancária, enquanto seus moradores realizam todos os atos comuns da vida cotidiana na vizinha Paraguaçu Paulista.