O mandado de busca e apreensão executado pela Polícia Federal nesta segunda-feira (29) contra Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é o tema mais comentado da política nacional no dia de hoje.
Carluxo, como é conhecido, é apontado como o filho mais próximo de Bolsonaro e é o operador das redes sociais do pai, e é considerado como uma das figuras centrais na extrema direita brasileira.
A suspeita da Polícia Federal é de que Carlos Bolsonaro tenha se beneficiado do esquema de arapongagem da Abin, comandada por seu amigo Alexandre Ramagem.
O tema foi amplamente debatido nas redes. "Suspeita, meio óbvia, de que, através de assessores, ele recebia informações da espionagem ilegal da ABIN, quando sob o comando de Ramagem (ou até hoje?). Que tudo seja exposto", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) na rede social X.
A decisão foi celebrada por diversos influenciadores de esquerda, políticos e parlamentares como Erika Hilton (PSOL-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Marcelo Freixo (PT-RJ), presidente da Embratur.
Já o jornalista Xico Sá especulou sobre a motivação da busca e apreensão na residência do suspeito na Abin paralela. "Certamente Carluxo não deixou provas mofando na casa, nos computadores ou na nuvem até 2024, mas a PF tem q cumprir o seu dever. É a lei", afirmou.
A extrema direita volta a falar em "ditadura comunista" e tenta ativar alguma reação ao fato de que um dos líderes da turba reacionária nas redes é o alvo da operação.
Carlos Bolsonaro é o primeiro filho do ex-presidente inelegível a ser alvo de um mandado de busca e apreensão. Em maio do ano passado, Jair havia sido alvo de operação similar na investigação sobre a suposta falsificação de cartões de vacinação.