O pastor extremista Silas Malafaia, um dos últimos bolsonaristas a defender arduamente o ex-presidente radical atolado em escândalos como o do desvio das joias do Estado e o da tentativa de golpe em 8 de janeiro, voltou à carga em suas redes sociais, dobrou a aposta e “trucou” o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que preside os inquéritos contra Jair Bolsonaro (PL).
Há poucos dias o clérigo de extrema direita já havia atacado Moraes, o desafiando a prendê-lo. Agora, Malafaia chama “Xandão” de “ditador da toga” e diz que “provará” que está certo quanto as acusações que faz ao magistrado, “desafiando-o a contraditá-lo”.
Descontrolado e gritando de forma irascível, mais do que o habitual, o pastor ainda defendeu a extrema direita após, segundo ele, Moraes ter falado sobre “combater o grupo durante um evento na Alemanha”. Aproveitando o chilique, ele ainda lançou ataques a “um jornalista inescrupuloso da revista Veja”, sem identificá-lo, a quem chamou de “cretino” por dizer que ele “estaria no radar do Ministério da Justiça por suspeitas de incitar atos antidemocráticos no dia 7 de setembro”.
Por fim, embora estive alterado e lançando “desafios” e bravatas, Malafaia disse que sua orientação para o 7 de setembro é que “ninguém vá a desfiles militares e que não haja manifestações” para que com isso "o povo dê uma resposta ao alto comando do Exército" e "aos generais de quatro estrelas que se omitem diante das aberrações de ter gente da tropa presa ilegalmente", e também “porque Lula já declarou que é um antipatriota”, numa mistura rocambolesca de ufanismo, ataque aos militares e discurso desconexo que soou mais como um passo atrás diante das convocatórias golpistas que fez recentemente.
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