A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, saiu em defesa do jornalista e ex-deputado Jean Wyllys, que vem sendo alvo de ataques promovidos por parte da militância petista após críticas públicas ao ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, que também é filiado à legenda.
Recentemente, em entrevista ao podcast "Bee40tona", Wyllys, que havia sido convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar a Secom, afirmou ter sido "sabotado" por Pimenta, e se referiu ao ministro como "mau-caráter'. A motivação de Pimenta para vetar Wyllys em sua secretaria teria sido o fato do ex-deputado ter chamado o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, de "gay com homofobia internalizada" por ter decidido manter as escolas cívico-militares em seu estado, mesmo após o governo federal encerrar o programa.
Diante das críticas a Paulo Pimenta, Jean Wyllys passou a ser alvo de ataques promovidos por alguns petistas nas redes sociais. Através do X, o antigo Twitter, o ex-deputado se manifestou sobre o assunto no último domingo (10).
"Descobri algo tão ruim quanto o antipetismo da direita e da extrema-direita na mídia neoliberal e no X (ex-Twitter): o hater-gado-petista que não aceita qualquer crítica ou revelação de fato ruim em relação a membros do governo Lula ou ao próprio Lula, e sai atacando e difamando a pessoa exatamente como fazia o hater-gado-bolsonarista com os críticos do governo Bolsonaro. Qual será o próximo passo? Ameaçar de morte? Olhou muito tempo para o abismo e este o olhou de volta! Cruzes!", escreveu Wyllys.
Gleisi: "inimigo é o fascismo"
Nesta terça-feira (12), em publicação nas redes sociais, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa de Jean Wyllys, dizendo que sua legenda "não se move por comandos de ódio nem por obediência cega" e pedindo para que brigas internas não desviem a luta contra o fascismo
"O maior patrimônio do PT é nossa militância. Ativa, participativa, inquieta e crítica. Desde sempre. Não se move por comandos de ódio nem por obediência cega, mas por sua compreensão política e transformadora da realidade. É a militância que nos leva adiante. E também é capaz de discernir quem são nossos aliados e quem são os verdadeiros adversários, mesmo no calor de debates como tem ocorrido em relação ao companheiro Jean Wyllys. Até quem critica afirmações dele tem de reconhecer seu valor no enfrentamento ao preconceito, à discriminação e ao arbítrio. Reconhecer sua atuação corajosa no enfrentamento a Bolsonaro, durante o golpe contra Dilma e na campanha pela eleição de Lula", escreveu Gleisi.
"Nossos inimigos são o fascismo, a extrema-direita e sua rede de mentiras. Não vamos desviar dessa luta que nos une pelas grandes transformações do país", prosseguiu a dirigente.
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