ACUSAÇÃO GRAVÍSSIMA

VÍDEO: Alexandre Garcia sugere que tragédia no RS foi causada pelo governo do PT

Ex-porta-voz da ditadura militar, jornalista bolsonarista lança teoria da conspiração bizarra para culpar o PT pelas enchentes no Sul que vitimaram mais de 40 pessoas

O jornalista Alexandre Garcia.Créditos: /Reprodução
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O jornalista Alexandre Garcia, que atualmente apresenta o programa "Oeste Sem Filtro", do site de extrema direita Revista Oeste, fez uma acusação gravíssima contra o PT: sugeriu que barragens de represas construídas por governo petista no Rio Grande do Sul foram abertas de propósito para inundar o estado. 

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Os gaúchos, nas últimas semanas, vêm sofrendo com os fortes temporais, consequência de um ciclone extratropical que já vitimou mais de 40 pessoas e que deixou outras milhares desabrigadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ministros e o vice-presidente Geraldo Alckmin ao estado para acompanhar de perto a situação e liberou R$ 741 milhões em recursos para ajudar as cidades atingidas. 

Com o objetivo de reforçar a estratégia bolsonarista de atacar o governo federal utilizando a tragédia no Rio Grande do Sul, Alexandre Garcia, que foi porta-voz do general João Batista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar, lançou ao vivo, na última sexta-feira (8), uma teoria da conspiração bizarra: a de que o PT teria culpa pelas enchentes no estado, em uma ação que configuraria uma espécie de sabotagem. 

"Recebo notícias hoje de manhã, de que é preciso investigar que não foi só a chuva. A chuva foi a causa original, mas em governos petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam as medições ambientais, três represas pequenas que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo. Isso causou uma enxurrada parecida com aquelas que acontecem perto da Chapada dos Veadeiros, que mata as pessoas. Então, é preciso investigar isso também (...) Há uma causa além das chuvas", disparou Garcia. 

Veja vídeo

A ajuda do governo Lula ao Rio Grande do Sul 

O governo Lula criou um auxílio às pessoas que estão desabrigadas devido ao ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul na última semana. Na próxima segunda-feira (11), as cidades atingidas irão receber a primeira parcela.

O valor do auxílio é de R$ 400 por pessoa impactada pelo desastre. Ao todo, o repasse é de R$ 741 milhões. A parcela do apoio foi anunciada no último sábado (9), pelo ministro da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. 

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, os danos advindos do ciclone extratropical totalizam R$ 1,3 bilhão em prejuízos. Após 30 dias do primeiro repasse, as cidades em estado de calamidade pública poderão se recadastrar para outra parcela do auxílio.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, atendendo a uma solicitação do presidente Lula, visitou as cidades do Vale do Taquari, região mais afetada pelas fortes chuvas. Alckmin sobrevoou os locais que foram tomados pelas enchentes, além de ter visitado a cidade de Muçum, uma das mais atingidas pelo ciclone. 

Aeronaves, veículos de transporte e viaturas especializadas foram disponibilizados, além de embarcações, botes salva-vidas, ambulâncias, barracas e cisternas. As Forças Armadas também estão ajudando o estado, dispondo de 900 militares para auxiliar as operações na região.

Geraldo Alckmin detalhou parte dos recursos a serem repassados ao Rio Grande do Sul. Veja abaixo:

  • R$ 225 milhões por meio do Ministério das Cidades;
  • R$ 195 milhões por meio do Ministério da Integração;
  • R$ 125 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);
  • R$ 80 milhões por meio do Ministério da Saúde;
  • R$ 57 milhões por meio do Ministério das Desenvolvimento Social;
  • R$ 26 milhoes por meio do Ministério da Defesa;
  • R$ 16 milhões por meio do Ministério dos Transportes;
  • R$ 7 milhões por meio da Receita Federal;

Além disso, o Ministério da Saúde distribuiu, na última sexta-feira (8), kits de medicamentos e insumos para atender 15 mil pessoas nas cidades afetadas. Dentre itens, estão ataduras, cateteres, luvas e seringas, separadas para ajudar em situações de desastre. 

Uma unidade especial de militares, liderada pelo comandante general Hertz Pires do Nascimento, está trabalhando para restabelecer as antenas de comunicação e telefonia desses municípios, sendo que, na cidade de Roca Sales, a situação já foi resolvida. 

Nesse mesmo município, um hospital de campanha foi instalado e já e começou a operar neste domingo (10). Os kits de medicamentos destinados à instituição devem atender 1,5 mil pessoas durante os próximos 30 dias.