Em editoriais, Globo, Estadão e Folha atacam a decisão de Toffoli desta semana que denunciou a armação na prisão do presidente Lula e declarou as provas do processo imprestáveis.
A argumentação do trio é a mesma da dupla Moro-Dallagnol, de que houve condenação em duas instâncias e que até o STF aprovou a manutenção da prisão de Lula.
Mas não falam nada sobre, por exemplo, a criminosa pressão que o então comandante do Exército Villas Boas (que depois pegou uma boquinha no governo Bolsonaro) exerceu sobre o STF para que mantivesse a prisão de Lula.
Falam menos ainda da participação do trio na intensa campanha de difamação, demonização e criminalização de Lula e do PT (um repórter do JN trabalhou diretamente com Moro e Dallagnol na preparação de matérias para o jornal).
Só que o plano deles, que era o mesmo vazado no áudio de Jucá com Sergio Machado: tirar a Dilma, colocar o Temer e depois fazer um grande acordão nacional, deu ruim quando entrou Bolsonaro, um cavalo louco que quase destruiu o país.
Mas não adianta espernear. A absolvição de Lula e a anulação da Lava Jato são apenas os primeiros passos, que devem ser seguidos pela condenação judicial de todos os envolvidos: Moro, Dallagnol, procuradores de Curitiba, juízes do TRF-4, militares e por último, mas não menos importante, na definição do saudoso Paulo Henrique Amorim, os Três Porquinhos do PIG.