A população de Parintins, no Amazonas, realizou uma grande carreata pelas ruas da cidade na tarde de sexta-feira (5) para recepcionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre agendas na região Norte do país.
A partir de segunda-feira (7), Lula participará da Cúpula da Amazônia, em Belém (PR), mas antes esteve em Parintins para relançar o programa "Luz Para Todos".
Ao discursar, o presidente se queixou de ter que andar em carro blindado e com os vidros escurecidos, expressando vontade de circular junto à população. Lula ainda disse não ter medo das ameaças de morte feitas por bolsonaristas do Pará pouco antes de sua chegada. Um dos detratores, inclusive, chegou a ser preso pela Polícia Federal.
“Eu quero pedir desculpas ao povo de Parintins. A gente demora muito para vir a uma cidade do interior. Havia 20 anos que eu não vinha aqui. Eu desço no aeroporto, me colocam dentro de um carro blindado, vidro fumê, tinha insulfilm, eu não consigo ver ninguém e ninguém consegue me ver. Mulheres, homens e crianças na rua fazendo um sacrifício enorme para olhar se conseguiam enxergar a gente e eu dentro de um carro como se estivesse dentro de um presídio. Quero pedir desculpas a vocês de coração. Isso não se repetirá", afirmou o presidente.
Sobre as ameaças de morte que vem recebendo, Lula minimizou e evocou um ditado popular: "Cachorro que late não morde".
“A Polícia Federal prendeu um cidadão em Santarém que disse que ia me matar hoje quando eu chegasse lá. Há boatos de que em Belém também tem um cidadão que disse que ia me matar. Se eu tivesse medo eu não tinha nascido, se eu tivesse medo eu não era presidente da República. Eu aprendi com a minha mãe a não ter medo de cara feia. Cachorro que late não morde. Portanto, eu vou fazer desse país um país civilizado”, declarou o mandatário.
Assista ao vídeo da carreata feita para recepcionar Lula em Parintins