Durante a sessão desta quinta-feira (31) da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal um bolsonarista depoente, que ficou mais de quatro meses preso por ter invadido o Congresso Nacional nos atos terroristas de 8 de janeiro, explicou como funciona a loucura bolsonarista que levou milhares de brasileiros a se radicalizarem e abdicarem da própria vida para formar um verdadeiro exército de defensores extremistas do ex-presidente da República.
Armando Valentin Settin Lopes de Andrade, que também confirmou em depoimento a existência de um plano de seu grupo de radicais para explodir subestações de energia do DF, à época da tentativa de golpe, relatou ao presidente da CPI, o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), como foi que ele chegou ao estado mental que o fez largar tudo e se entregar ao acampamento golpista instalado na frente do Quartel-General do Exército. Valentin ainda culpou a TV pelas maluquices que chegaram até ele e o fizeram se radicalizar, ainda que tais bobagens nunca tenham sido veiculadas em emissoras de televisão, mas sim em grupos de WhatsApp bolsonaristas.
“Veja bem... Antes da... Quando a Dilma tinha saído, eu me recordo que numa ocasião, quem tinha uma casa que tinha três quartos, ou quatro quartos, e alguém que tivesse na rua e não tivesse direito, que não tivesse teto ou casa, eu teria que ceder um dos quartos... Eu fiquei traumatizado com isso, isso me chocou senhor... A televisão ela faz isso, ela faz com que a gente...”, respondeu o acusado ao parlamentar.
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