GOLPISMO

George Washington: Homem-bomba do golpe pode ter recebido "financiamento ao terrorismo", diz Coaf

Relatório do órgão mostra que responsável pela bomba do aeroporto de Brasília tinha renda incompatível com movimentação financeira

George Washingtn, responsável pela bomba no aeroporto de BrasíliaCréditos: Reprodução/Twitter
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Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre o bolsonarista George Washington, que plantou uma bomba no aeroporto de Brasília em uma conspiração para impedir a posse do presidente Lula em 12 de dezembro de 2022, mostram que ele movimentou valores incompatíveis com sua renda em suas contas bancárias.

Segundo o Coaf, existem indícios de que o terrorista, que está preso desde 24 de dezembro do ano passado, recebeu financiamento para executar o seu plano terrorista.

Washington foi condenado a condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro através de explosivos, além de também responder pelo crime de terrorismo.

Movimentações financeiras de George Washington

O bolsonarista radical movimentou mais de 700 mil reais em 2022, valor incompatível com sua renda mensal declarada entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.

Para o Coaf, a diferença seria "indício de financiamento ao terrorismo". Os trechos do relatório do Coaf foram publicados pelo jornal O Globo.

"O volume transacionado em sua conta dentro do período da análise excede sua capacidade financeira, sendo que algumas operações específicas apresentam atipicidades potencialmente relacionadas à compra de armamentos", afirma o órgão de controle financeiro.

Washington teve gastos que superam os R$ 160 mil em armas e explosivos. Segundo o próprio, em mensagens no WhatsApp, ele possuía armamento suficiente para começar uma guerra. As armas foram apreendidas na residência do criminoso.

Além disso, George Washington fez pagamentos a diversos clubes de tiro ao redor do Brasil, com transações de valores que variam entre R$ 215 e R$ 35 mil.

Ele foi convocado para depor na CPMI dos Atos Golpistas em 22 de junho de 2023, mas preferiu ficar em silêncio frente aos questionamentos sobre seu envolvimento na tentativa de golpe de estado.