Pela primeira vez em 2023, sob o governo Lula, o Brasil contará com manifestações de rua reivindicando a prisão de Jair Bolsonaro. Será em 7 de setembro, no feriado que marca o Dia da Independência.
Todos os anos, nesta data, o Grito dos Excluídos, composto por diferentes movimentos sociais, sai às ruas com diferentes pautas. Desta vez, a mobilização, que está sendo convocada pela Central de Movimentos Populares (CMP) e outras organizações, terá como lema o pedido por Justiça com relação aos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente que governou o Brasil de 2019 a 2022.
A CMP destaca, em sua convocatória para as manifestações, diversos atos de Bolsonaro que podem ser considerados crimes e que deveriam levá-lo à cadeia.
"Este ano temos um motivo a mais para ocupar as ruas de todo o Brasil: é preciso lutar pela prisão de Jair Bolsonaro, por seus crimes de genocídio contra a população brasileira, fraude eleitoral, golpismo e corrupção", diz um trecho do comunicado da organização.
Os integrantes dos movimentos sociais destacam, para além da articulação golpista e das mortes na pandemia do coronavírus, outros escândalos que envolvem o ex-mandatário, entre eles o esquema de venda das joias e presentes de luxo recebidos por autoridades estrangeiras em viagens internacionais e a tentativa de fraudar o sistema eleitoral brasileiro com a ajuda de Walter Delgatti, o "Hacker de Araraquara".
"São muitas as denúncias, com provas, não meras convicções, de que a corrupção correu solta no governo Bolsonaro, já amplamente denunciado por seus crimes de genocídio contra a população brasileira durante a pandemia. Por isso, é hora de sairmos às ruas para exigir a prisão de Bolsonaro", afirma o coordenador nacional da CMP, Raimundo Bonfim.
Em São Paulo (SP), a concentração da manifestação será na Praça Oswaldo Cruz, a partir das 9h do dia 7 de setembro. As informações sobre atos em outras capitais do país serão divulgadas nos próximos dias.