O fundador e CEO da Quaest, Felipe Nunes, divulgou mais um recorte da pesquisa, realizada em parceria com o Instituto Genial, desta vez sobre as declarações ofensivas do governador de Minhas Gerais, Romeu Zema (Novo), sobre o Nordeste.
Os dados surpreendem: “57% dos entrevistados no Brasil acham normal o que disse o governador”, relatou Nunes, em entrevista ao Fórum Onze e Meia, nesta quinta-feira (17).
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Zema, em claro discurso xenofóbico, defendeu a união do consórcio formado por estados do Sul e do Sudeste para contrapor à influência do Nordeste e do Norte no Congresso.
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O CEO da Quaest disse, ainda, que a maioria dos entrevistados (61%) criticou, apenas, a forma pela qual o mineiro tratou o tema. “Acham que ele deve evitar esse tipo de fala”.
“O problema foi a abordagem escolhida pelo governador. Ou seja, Zema não desagradou pelo que pensa ou disse, mas pela forma como escolheu abordar a situação. E, na política, a forma também é uma mensagem”, destacou.
Nunes também analisou o comportamento político do governador de Minas e fez uma comparação: “O Zema me lembra o que Bolsonaro fez desde 2015 para chegar à presidência. Era um desconhecido, viajava o Brasil para ir a formaturas de cadetes da Polícia Militar e forjou alianças com esse grupo respeitável. Além disso, sempre soltava uma polêmica”.
Zema usa estratégia para “se manter em evidência”
O cientista político afirmou que Zema usa a mesma estratégia de dar declarações polêmicas para se manter sempre em evidência. “Aos poucos, ele quer se mostrar um legítimo herdeiro do Bolsonaro. Ele precisa fazer isso, porque o príncipe ne hierarquia do Bolsonaro é o Tarcísio de Freitas (governador de SP) e o Zema está tentando superá-lo”, avaliou, se referindo ao desejo do político mineiro em ser candidato à presidência do país.
Nunes resumiu em uma frase o que pensa sobre a conduta do governador de Minas: “O Zema é um ator político que precisa ser muito bem analisado”.