Paulo Figueiredo, que atua como comentarista de extrema direita em emissoras bolsonaristas e é neto do último ditador brasileiro, o general João Baptista Figueiredo, disse durante uma participação no podcast da youtuber Antônia Fontenelle, em 17 de agosto de 2022, que “seu sonho” era que o presidente Lula fosse executado, alegando que ele “traiu a pátria”. O trecho, embora não seja recente, foi resgatado nas redes por internautas e viralizou nas últimas horas.
Paulo mora nos EUA e já foi preso por ordem da Polícia Federal, em 2019, sob a acusação de integrar um suposto esquema de pagamento de propina a diretores do BRB, um banco controlado pelo governo do Distrito Federal (GDF), num caso relacionado à construção de um hotel de uma rede de propriedade do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Ele tentou dar um verniz civilizado à barbaridade que havia acabado de dizer, argumentando que nos EUA tal “crime” (o de traição) seria punido com a pena de morte.
“Pra que eu não seja tentado a defender as coisas certas do jeito errado: eu queria o Lula na cadeia? Se depender de mim, o Lula era executado por traição à pátria... Se você me perguntar, traição é um crime passível, aqui nos EUA é, e eu não estou falando nada de louco, não... Eu tô dizendo que traição, aqui, é crime passível de pena capital, e como eu acho que o Lula traiu o Brasil na função de presidente, eu acho que era possível a pena capital, se esse fosse o ordenamento jurídico do Brasil, meu sonho seria esse... Agora, eu não vou defender que o Lula vá para a cadeia julgado por um juiz que combinava as coisas com o procurador, combinada as operações com o procurador, e não vou defender que o Lula vá para a cadeia julgado por um juiz que não era o juiz natural da causa, só porque o juiz era malzão”, disse o neto do ditador.
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