Uma ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público do Piauí pede que o prefeito do município de Barro Duro, Elói Pereira de Sousa (PTB), seja afastado imediatamente do cargo por conta do suposto gasto de R$ 1 milhão realizado por meio de pagamentos ilegais a uma empresa de fachada. A medida exige também que os secretários Irandir Pereira da Silva e Solimar Barradas de Lima, respectivamente chefes da Educação e da Assistência Social, sejam retirados de suas funções.
De acordo com o inquérito civil público que investiga as suspeitas de irregularidades, que teriam ocorrido nos anos de 2021 e 2022, o valor teria sido pago de forma fracionada à tal firma que prestaria serviços à administração municipal, mas que na realidade não existe, e sem a realização de licitação pública.
O promotor de Justiça do MP-PI em Barro Duro, Ari Martins, informou que a constatação das irregularidades deu-se durante uma inspeção realizada em conjunto por procuradores e integrantes do Tribunal de Contas do Piauí (TCE-PI), em 25 de agosto do ano passado. Martins explicou que o pedido do afastamento de Elói foi feito para que o prefeito não consiga atrapalhar as investigações ainda mais, uma vez que ele estaria impondo dificuldades ao trabalho realizada pelos promotores.
O integrante do MP-PI solicitou na ação cautelar um afastamento do prefeito do cargo por 90 dias inicialmente, podem ser prorrogado por mais 90, segundo Martins para que se evitem novos prejuízos aos cofres públicos e para que a investigação tenha acesso irrestrito aos arquivos e materiais relacionados ao episódio.