Em artigo para o jornal francês Le Monde, a primeira-dama do Brasil e socióloga Janja Lula da Silva fez uma dura crítica às guerras sob uma perspectiva de gênero.
A socióloga afirmou que, após uma visita ao memorial das vítimas de Hiroshima e Nagasaki durante o encontro do G7, compreendeu que a necessidade de reestabelecer a paz a nível global é um dever político dos países.
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Além disso, ela pesa a posição da condição de gênero que os conflitos armados reforçam: "Os homens fazem as guerras e as mulheres sofrem as piores consequências", afirma o texto.
"Elas são encarregadas de defender a dignidade de suas famílias e comunidades durante situações de conflito. Portanto, é impossível imaginar superar as guerras e construir a paz sem a participação efetiva das mulheres", disse a socióloga.
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"Nas regiões onde a violência é parte do cotidiano, as mulheres e meninas têm a responsabilidade de manter alguma forma de normalidade e, ao mesmo tempo, são as mais expostas aos diferentes tipos de violência provocados pela guerra, especialmente aquelas de natureza sistemática exercidas contra seus corpos", afirma.
Janja clama por um esforço político dos governos e estados de todo o mundo de tentar encontrar soluções verdadeiras para o fim dos conflitos armados no mundo.
Atualmente, existem conflitos armados com teatros de guerra ativos na Somália, Etiópia, Sudão, Ucrânia, Índia e Síria. Em 2002, uma pesquisa das Nações Unidas mostrou que mais de 90% das vítimas diretas e indiretas das guerras eram mulheres e crianças.